Oi pessoal, estava
eu assistindo alguns filmes clássicos essa semana, quando percebi algo
interessante (pelo menos pra mim) sobre um dos maiores vilões dos cinemas,
nossos amados mortos-vivoss, sanguessugas, nosferatus,eles mesmos, os vampiros.
Primeiro de
tudo, quero deixar claro que vou julgar apenas as histórias, vamos ser justos
com os diretores, Mournau em 1922 quando fez Nosferatu, não tinha recursos
sequer parecidos com Neil Jordan, quando 70 anos depois dirigiu Entrevista com
Vampiro.
Dito isso,
vamos começar justamente com o Pai de todos os filmes dos nossos amaldiçoados, Nosferatu, baseado no livro Drácula de Bram Stoker. O filme se passa em Wisborg, na Alemanha, e tem como
protagonistas Hutter, um agente imobiliário,
que tem a missão de vender uma casa pra um homem muito rico, o Conde Orlock, e advinhem onde ele mora?
Exato, na Transilvânia. Ele consegue
fechar o negócio com o excêntrico conde, daí em diante o filme se desenrola,
com a vinda do vampiro à Alemanha, e Hutter e sua esposa são os únicos que
podem deter o vilão, visto que ele se apaixona pela mulher do corretor! Não
irei contar o final, pra não tirar a graça de quem quiser assistir.
Ok, o filme é
mudo, tem uma trilha sonora sofrível, a imagem é ruim, e praticamente não há
ação, então porque vale a pena sacrificar 90 minutos do seu tempo assistindo
isso? Além de Greta Schröder ficar uma tchutchuquinha com aqueles vestidos no
século 19, tem várias cenas clássicas, como a cena em que Nosferatu sobe as
escadas de uma vítima, e você vai se divertir bastante com os erros de
gravação. Nota 8
Saindo de um
clássico do cinema mudo, invadimos um filme curioso, que foi aguardado e
cercado de polêmicas antes de sua estreia, Entrevista
com Vampiro. O filme assusta ao
colocar três rostinhos bonitos da época para fazer assassinos frios, Brad Pitt,
Tom Cruise e Antônio Banderas encarnaram na telona, um dos maiores sucessos da
literatura. Baseado no primeiro livro da saga “Crônicas Vampirescas” de Anne
Rice, e dirigido pelo talentosíssimo
Neil Jordan. Com surpreendentes duas
indicações ao Oscar, a crítica, os fãs dos livros, e a própria Anne Rice,
tiveram que engolir duas performances perfeitas da dupla Lestat(Tom) e Louis(Brad).
Bem, eu li os
livros, e obviamente eles deixaram muita coisa de fora, afinal de contas é uma
adaptação pra cinema, mas no que toca ao andar da carruagem, as partes cortadas
não atrapalham em nada, e como o Lestat
do livro, é um personagem bem excêntrico e extremamente exagerado, quase
teatral, os pequenos deslizes de Tom são quase imperceptíveis.
Anne Rice
A história
começa em São Francisco, Louis,
convida um repórter e revela-se para ele como um vampiro, depois de convencê-lo
da veracidade da informação, ele conta sua história. Um jovem fazendeiro de
Nova Orleans, que tinha acabado de perder a esposa e o filho recém-nascido.
Conheceu um homem chamado Lestat, que o transforma em Vampiro. Após isso, Louis
e Lestat começam uma adorável e intrigante série de discussões pela
incapacidade do personagem de Brad Pitt em matar seres humanos, se alimentando
apenas de animais. Os dois resolvem sair pelo mundo em busca de semelhantes.
Apesar de
algumas mudanças, como por exemplo, a morte da mulher e filho de Louis, e não
seu “melhor amigo”, como no livro, a personalidade retraída, devastada e penosa
dele, leva a uma comparação com o feminismo, enquanto Lestat é o contrário,
sagaz, vivaz, despreocupado e insensível, características masculinas, além do
fato da “adoção” da pequena Cláudia(Kirsten Dunst, vulga Mary Jane!) constroem
uma relação social, que beira ao homossexualismo.
E
é nesse universo, que se desenrola uma das histórias mais belas, ricas e cheias
de reviravoltas do cinema. Se você não tem problemas com a bissexualidade dos
vampiros, ou com o fato da morte virar um assunto banal, esse é um ótimo filme,
que provou que dois atores taxados como bonitos, quando inspirados, podem fazer
história! Nota 9.
Mikail Nogueira:No
próximo post, concluirei a evolução dos nossos amaldiçoados....
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